Nicolai Cursino - Importância do Autocohecimento

Para o desenvolvimento da liderança
Nicolai Cursino

Consultor Internacional em Desenvolvimento Humano e Corporativo
Trainer em Programação Neurolingüística
Coach certificado pela International Coaching Community

“Liderar é orientar a criação de um mundo no qual as pessoas queiram pertencer”
“Se houver um cego guiando outro cego chegarão a algum lugar?”

A primeira citação escrita recentemente por Robert Dilts, um dos maiores Coachs de liderança empresarial e Programação Neurolingüística do mundo na atualidade, define a essência da liderança. Afinal, não é possível liderar sem que outros optem por viajar a mesma estrada que você. A liderança possui um paradoxo em seu âmago, não pode ser tomada diretamente, ela é um presente que só pode ser dado pelos outros.
A segunda citação feita há mais de dois mil anos por Jesus Cristo alerta para o fato de que precisamos conhecer, ou pelo menos ser capazes de enxergar, o caminho para o qual pretendemos dirigir outras pessoas. E qual é o mundo que as pessoas querem pertencer? Para onde as pessoas querem caminhar?
O ser humano quer caminhar em direção a um mundo no qual seus valores sejam mais satisfeitos. Um tema bastante conhecido atualmente na psicologia organizacional trata da motivação extrínseca e da motivação intrínseca dos empregados de corporações. A motivação extrínseca se dá devido a uma recompensa externa ao trabalho em si, seja dinheiro ou promoção. Essa motivação, apesar de fundamental, tem caráter temporário. Após algum tempo atingido o patamar financeiro ou o cargo almejado, será necessária a visualização de um novo aumento ou promoção.
Já, a motivação intrínseca, tem caráter um tanto quanto diferente. É a motivação, na qual o próprio prazer do trabalho impulsiona para uma nova realização. É quando o empregado vivencia seus valores dentro da função que desempenha e da corporação a que pertence. E quais são os valores que impulsionam uma pessoa?
Os valores que impulsionam cada pessoa são diferentes. Algumas são impulsionadas pelo reconhecimento, outras por satisfação pessoal, outras pela possibilidade de exercer sua criatividade, outras pelo poder e ainda outras pela possibilidade de realizar uma obra.
Reconhecimento, satisfação pessoal, criatividade, poder, realização, ensino, companheirismo, segurança, transformação, responsabilidade e alegria são alguns dos valores que impulsionam diferentes pessoas a um objetivo. Então a resposta é fácil. Basta alinhar nosso trabalho com nossos valores pessoais e estaremos constantemente motivados, não é?
Seria se além das questões práticas, não fosse um pequeno detalhe. Na maioria das vezes não conhecemos verdadeiramente os nossos valores. Agimos em busca de valores que aprendemos e que consideramos os “corretos”. Valores que aprendemos com nossos pais ou com nossa sociedade. Valores que criamos na esperança de que essa imagem seja a mais aceita e reconhecida pelo mundo externo.
E como, estando cego para qual direção seguir, podemos liderar as pessoas na criação de um mundo ao qual elas queiram pertencer? Isso não é possível para a verdadeira liderança. O verdadeiro líder deve antes de tudo saber para onde quer ir e, em seguida, colocar-se em marcha nesse caminho. E, colocando-se no seu verdadeiro caminho, será tão impulsionado por seus valores que as pessoas à sua volta perceberão a sua satisfação, o seu carisma natural, a sua congruência entre discurso e prática e decidirão que esse também é o mundo ao qual elas querem pertencer.
Não será preciso convencer ninguém a seguir esse líder. Trata-se de liderança natural, a liderança dada pelo exemplo vivido pelo próprio líder. Em corporações voltadas para o desenvolvimento do potencial humano, algumas ferramentas têm sido utilizadas para auxiliar os colaboradores a identificarem seus verdadeiros valores. O processo de coaching, embora mais diretamente ligado à orientação para se atingir metas por meio da otimização do desempenho pessoal, passa necessariamente por uma investigação dos verdadeiros valores pessoais do líder e da corporação.
O Coach utiliza técnicas da Psicologia, da Programação Neurolingüística e da Análise Transacional, entre outras, que auxiliam o líder a conhecer e admitir seus verdadeiros motivadores naturais e também seus maiores obstáculos internos, possibilitando potencializar seus pontos fortes e minimizar seus pontos fracos.
Nessa mesma direção, outra ferramenta que pode ser utilizada nas corporações para identificação dos valores do líder é o Eneagrama. Por meio de um processo de identificação com um dos nove tipos básicos de personalidades, a ferramenta possibilita ao líder o autoconhecimento de suas paixões, fixações e motivadores internos.
Ambas as ferramentas podem atuar não somente no desenvolvimento do líder como também na sua interação com as demais pessoas. O autoconhecimento permite ao indivíduo enxergar o mundo de acordo com seus próprios pontos de vista e que eles são somente seus e não verdades universais. Essa consciência permite a compreensão das diferenças entre as pessoas e a conseqüente diminuição do egocentrismo do líder, aumentando em muito a sua capacidade e a do seu grupo de realizarem um verdadeiro trabalho em equipe.
Outro ponto importante é que, embora sejam muitas as ferramentas que podem ser usadas nesse processo de autoconhecimento dos líderes nas organizações, isso não pode ser feito sem um real comprometimento tanto da organização quanto de suas pessoas.
Um processo como esse invariavelmente acarretará em mudanças profundas de paradigmas. Haverá a necessidade de re-alocação de funções, pessoas e estruturas de liderança. Poderá haver um grupo de líderes que se sinta profundamente insatisfeito pela consciência de que não está no lugar certo, trazendo a necessidade da organização de reagir rapidamente na sua re-alocação. E quando as possibilidades não permitirem, poderá haver demissões voluntárias.
Por outro lado, haverá um grupo de líderes consolidados e o conseqüente desenvolvimento de novos que terão a oportunidade de realizar um trabalho que esteja realmente condizente com seus valores, gerando em si mesmo e nas pessoas à sua volta todos os tipos de motivação intrínseca. Os benefícios, em médio prazo, serão enormes numa relação de ganha-ganha entre a organização e suas pessoas.
Uma vez que a organização esteja comprometida com esse caminho, será também necessário que as pessoas façam o mesmo. Elas também terão um árduo trabalho a realizar. Será necessária coragem, mente e coração abertos para enfrentar os desafios. A transformação pessoal só pode ser realizada com a permissão e o esforço da própria pessoa. O auxílio exterior é necessário, porém o próprio “eu” é o único que pode realizar a verdadeira transformação. Não há mais espaço nas corporações atuais para a gestão por imposição, sem levar em conta as idéias e a satisfação dos empregados. As conseqüências vão ainda além da desmotivação e da conseqüente queda de produtividade.
E também não é possível ao verdadeiro líder ser reconhecido como tal e conduzir às pessoas em uma determinada direção, se ele mesmo não estiver vivendo a sua própria verdade. É preciso que nossos líderes experientes, nossos novos líderes e as organizações atuais estejam dispostos a conhecer e a trilhar os seus verdadeiros caminhos.
Será que estão? As conseqüências de estar e de não estar serão experimentadas igualmente por todos.

Nicolai Cursino é Trainer e Consultor em Programação Neurolingüística (PNL) pela Neuro-linguistic Programming University, na Califórnia (EUA); Coach certificado pela ICC (International Coaching Community); Certificado em hipnose ericksoniana com reconhecimento pelo American Board of Hypnotheraphy e Membro Fundador da International Enneagram e também do Iluminatta Brasil, O Máximo em Excelência Humana

PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA

A Programação Neurolinguística (PNL) é conhecida como a modelagem da excelência humana.

Foi criada na década de 70 no ambiente da Universidade da Califórnia, Sta Cruz, por Richard Bandler (na época um estudante de matemática) e John Grinder (na época professor de lingüística).

Estudando cuidadosamente alguns famosos terapeutas da época, Bandler descobriu que era possível repetir alguns padrões em seus comportamentos e pensamentos e conseguir resultados positivos similares com outras pessoas.

Richard Bandler e John Grinder decidiram combinar os respectivos conhecimentos de computação e lingüística, junto com a habilidade para copiar comportamentos não-verbais, com o intuito de desenvolver uma
linguagem de mudança.

Partindo do pressuposto de que todos os seres humanos possuem os mesmos tipos de recursos internos, passaram então a modelar homens notáveis em diversos campos, da terapia à comunicação e aos esportes.

Utilizando principalmente a lingüística e comportamentos não-verbais para comunicar-se com o inconsciente, descobriram que era possível “programá-lo” para o sucesso e para a mudança efetiva, em qualquer das áreas da vida.

Hoje a PNL é conhecida como uma das mais poderosas ferramentas de comunicação e excelência existentes. Impressiona pela sua simplicidade e pela rapidez dos seus resultados.

Entre os seus pressupostos básicos está o de que “mapa não é território”, ou seja, que somos capazes de perceber e vivenciar apenas uma pequena parte da realidade como um todo, e que cada ser humano o faz de uma maneira particular. Outro pressuposto fundamental é de que “mente e corpo estão ligados”, ou seja, quando modificamos um obrigatoriamente modificamos o outro.

Dentre os principais nomes modelados na época por Bandler e Grinder estão:

• Fritz Perls – criador da Gestalt-terapia.
• Virginia Satir – ícone da terapia familiar.
• Milton Erickson – maior hipnoterapeuta conhecido.
• Gregory Batenson – filósofo e pensador de sistemas.

Atualmente a vertente chamada 3° geração da PNL, idealizada principalmente por Robert Dilts e Judith DeLozier (ex-mulher de John Grinder), incluiu alguns elementos relacionados ao campo energético gerado pela interação entre as pessoas e valorizou ainda mais o uso da somatic mind, a inteligência presente ao longo das células do nosso corpo. Dilts e DeLozier comandam hoje a NLP University em Sta Cruz na Califórnia.

Outros ícones da PNL mundial que podemos citar além dos já mencionados são Joseph O’Connor, Suzy Smith e Anthony Robins, entre outros.

Hoje a PNL é utilizada mundialmente na consultoria empresarial, na terapia e em toda a área de saúde, comunicação, vendas, educação, arte, liderança e muitas outras.

A PNL oferecida pela Iluminatta Brasil é reconhecida internacionalmente, visto que seus treinadores são certificados diretamente por Robert Dilts e Judith DeLozier e membros da NLP Global Training and Consulting Community. Os certificados emitidos pela Iluminatta Brasil são aceitos pela NLP University, Sta Cruz, para continuação de estudos mais avançados.



Eneagrama
O Eneagrama é um símbolo utilizado desde a antiguidade, de origem exata desconhecida. Foi muito utilizado pelos sufis, vertente mística do Islamismo, havendo indícios de uso de um diagrama semelhante desde os tempos do antigo Egito.

A palavra deriva do grego (ennea = nove, grammos = figura) e faz alusão aos nove pontos identificados ao longo da circunferência externa do Eneagrama.

O Eneagrama foi trazido ao ocidente pelo filósofo armeno George I. Gurdjieff, no início do século XX e revelou-se com uma infinidade de aplicações. Mais recentemente, na década de 70, foi desenvolvido pela Escola de Arica (Oscar Ichazo e Cláudio Naranjo), o Eneagrama das Personalidades, amplamente aplicado nos dias de hoje.

Segundo o Eneagrama das personalidades, podemos dividir os seres humanos em 9 tipos principais, independente de sua cultura, cada um com características próprias de comportamento e caminho de evolução.

O tipo representa um estado de consciência reduzida, ou seja, uma caixinha automática em que nos encontramos e na maioria das vezes não temos consciência, vivendo a maior parte do tempo no que Gurdjieff chamava de estado de máquina. Cada um dos tipos tem também uma maneira particular de ver e vivenciar o mundo, sendo que a falta de consciência dessa maneira pode gerar todo tipo de conflitos entre personalidades.

A identificação do nosso tipo e de seus respectivos padrões amplia a nossa consciência e nos permite usar o Eneagrama como um mapa de desenvolvimento pessoal, particular para cada tipo.

O Eneagrama é hoje amplamente usado ao redor do mundo em diversas áreas, tais como negócios, psicologia, medicina, educação, artes e comunicação, entre outras.

Entre os centros acadêmicos que já incorporaram o Eneagrama estão Stanford, Columbia e Loyola, nos EUA; Manchester, na Inglaterra; Universidade de Sydney, na Austrália e FGV e USP no Brasil.

Entre as empresas podemos citar: 3M, IBM, Sony, Motorola, Boeing, Disney, Du Pont, Procter & Gamble e Federal Reserve Bank. No Brasil; Embraer, Vivo, Avon, Natura, Bradesco e muitas outras.

Entre os principais nomes do Eneagrama no mundo hoje estão Helen Palmer, David Daniels, Peter O’Hanrahan, Andréa Isaacs e o brasileiro Urânio Paes, presidente as IEA Brasil (Associação Brasileira de Eneagrama) em 2007 e presidente eleito da IEA Mundial (International Enneagram Association) para 2008.

Em uma brevíssima descrição, podemos perceber as diferentes visões de mundo de cada um dos tipos:
1 Perfeição - sua atenção vai para tudo aquilo que não está perfeito ou está incorreto. Entende que as regras e normas devem ser seguidas e que há uma maneira mais correta do que as outras de se fazer as coisas. Acredita que tem a obrigação de corrigir os supostos erros que encontra.

2 Presteza - sua atenção vai para as necessidades de alguns que considera especiais e para atender a essas necessidades. Tem dificuldade de admitir suas reais necessidades próprias e para aceitar ajuda. Acredita que tem de fazer pelo outro para ser merecedor.

3 Performance - sua atenção vai para o alcance de metas, para a superação e a competitividade. Acredita que tem de fazer o tempo todo para ser merecedor e que as coisas não vão acontecer caso ele mesmo não ponha a mão na massa.

4 Profundidade - sua atenção vai para aquilo que está faltando. Apresenta intensidade e freqüente variação emocional. Para ele o passado e o futuro são coloridos, enquanto o presente é preto e branco. Acredita que foi privado de algo e que os outros têm esse algo.

5 Privacidade - sua atenção vai para as demandas de sua energia, do seu tempo e para a invasão do seu espaço. Busca auto-suficiência, informação e lógica. Acredita que tem que se proteger de um mundo que exige muito e dá muito pouco.

6 Precaução
- sua atenção vai para o mapeamento de possíveis riscos no futuro, imaginando diferentes cenários possíveis e se preparando para o pior deles. Busca a segurança e tem intensa atividade mental. Acredita que tem que obter proteção em um mundo em que não se pode confiar.

7 Prazer - sua atenção vai para diferentes possibilidades e para alternativas otimistas no futuro. Busca experimentar muitas coisas, das quais quase nunca realmente se aprofunda em alguma delas. Acredita que a vida frustra e limita as pessoas e que por isso, deve sempre ver o lado positivo das coisas.

8 Poder - sua atenção vai para a injustiça e o controle do poder. É direto, impactante e orientado para a ação, muitas vezes agindo antes de pensar. Acredita que deve ser forte, poderoso e proteger os mais fracos em um mundo difícil.

9 Paz - sua atenção vai para a harmonia e a tranqüilidade. É avesso aos conflitos e tem dificuldade de dizer não às demandas externas, frequentemente tendo a sua agenda priorizada por atividades dos outros. Acredita que você tem que se harmonizar para ser valorizado.

"* nomenclatura criada por Urânio Paes"

COACHING

A palavra “coach” tem origem européia, e significava um veículo que transportava pessoas de um local para o outro.

Isso é exatamente o que o coach faz hoje.

O coach auxilia as pessoas a saírem de uma situação atual e atingirem uma situação desejada. Através de técnicas, empatia, perguntas poderosas, acompanhamento e muito incentivo, o coach extrai do cliente o melhor do seu potencial e o direciona para obtenção de objetivos determinados.

Ele acredita que o próprio cliente já possui todos os recursos que precisa e que eles apenas precisam ser encontrados, organizados e orientados para a ação.

O coaching não se trata de dizer como uma determinada jornada deve ser feita e sim de ensinar o cliente a percorrer a sua própria jornada, sempre caminhando ao lado dele.

Quando esse cliente é uma pessoa que deseja obter metas em sua vida particular, estamos falando do coaching de vida. Nas empresas, o coaching para maximização do desempenho profissional de líderes é o chamado coaching executivo.

As maiores empresas do mundo hoje utilizam o coaching regularmente para seu desenvolvimento, sendo que o seu retorno ao investimento tem se provado extremamente valioso.

O coaching também pode ser feito com equipes inteiras, sendo que suas técnicas podem ser utilizadas por líderes de todos os tipos para que possam maximizar o desempenho de suas equipes, sempre utilizando os recursos que elas mesmo já têm.

O coaching é a grande ferramenta de liderança e obtenção de resultados do futuro.

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