Os dias atuais são marcados por mudanças velozes. Para uma companhia mudar e acompanhar estas mudanças, é preciso que as lideranças mudem primeiramente e de forma muito ágil. No entanto, é preciso entender a exata dinâmica que existe por trás de tais mudanças – desde a preparação e implantação até o desenvolvimento das pessoas e sua forma de lidar com as resistências.
As mudanças comportamentais são necessárias e importantes, como as de caráter, valores, princípios e hábitos. Podemos também lançar mão dos programas de desenvolvimento visando à ruptura de velhos paradigmas que deverão ser abraçados pela própria liderança da organização a fim de que haja um verdadeiro comprometimento dos demais. Vitórias sociais e organizacionais, raras vezes, precedem as pessoais. As pessoas acabam seguindo o que vêem mais do que o que ouvem.
Conquistando as vitórias pessoais para conquistar vitórias organizacionais
Um verdadeiro líder inspira e motiva as pessoas pelo seu próprio exemplo. O exemplo não é algo que você pode delegar. Algumas pessoas nos inspiram de imediato, mas as únicas que continuam nos inspirando, em longo prazo, são aquelas que demonstram autenticidade e um caráter que atrai.
Depois de conduzir uma pesquisa extensa, Robert Clinton, um professor de liderança norte-americano, registrou que 70% dos líderes não terminam bem. Ele baseia essa estatística assustadora em seis critérios:
  1. Esses líderes perdem sua postura de serem aprendizes e ensináveis. Eles param de ouvir e crescer.
  2. O brilho do seu caráter desvanece, e eles deixam de ser atraentes.
  3. Não continuam vivendo segundo suas próprias convicções.
  4. Falham em não deixar como herança contribuições duradouras e de impacto.
  5. Perdem a consciência de que têm um destino especial e influência na vida dos outros.
  6. Líderes que terminam mal perdem o otimismo e o equilíbrio interior que tinham em outros tempos.
As provas da vida os deixaram magoados e fechados, vivendo nas “glórias do passado” em vez de lidarem com os desafios atuais. As vitórias passadas e a glória da última conquista acabam se tornando os maiores inimigos do crescimento futuro. Ou seja, sem uma consciência dos perigos já mencionados, também poderemos acabar entre os 70% que não terminam bem.
Os líderes de multinacionais que fizeram grandes mudanças em suas empresas conseguiram isso depois de terem passado por profundas mudanças pessoais “liderança transformadora”, ou seja, aquela que flui de dentro para fora.
Líderes enfrentam constantemente a opção entre mudanças profundas ou morte vagarosa. Eles, muitas vezes, falham por não verem a incoerência de optarem por mudanças profundas a outros caminhos, sem que evidenciem isto em suas próprias vidas. A tendência a nos acomodar ou parar no tempo, está dentro de todos nós.
Quando alguém demonstra os valores e as convicções que quer que ganhemos, somos atraídos e motivados. Quando estes valores se tornam velhos e não se renovam por meio de novas dimensões, a visão começa a secar. Pior ainda, quando o líder insiste que devemos render mais, produzir melhor ou mudar algo em nossas vidas que, de forma alguma, vemos na vida dele, sentimo-nos defraudados e desmotivados nos tornando resistentes às mudanças.
Um bom líder sempre terá ilustrações sobre como a visão tem mexido com ele e a diferença que ela está fazendo em sua vida pessoal.
Muitas vezes, o sucesso pessoal se confunde com posses materiais e ganhos financeiros. É fácil cair na armadilha de trabalhar inúmeras horas seguidas em busca de resultados imediatos e um bom padrão de vida, deixando de lado os relacionamentos, o desenvolvimento pessoal, o lazer e a felicidade individual. É preciso compreender o verdadeiro significado do sucesso e organizar a vida a partir de uma visão nova de objetivos claros.
Acredite, ao conquistar um equilíbrio melhor entre trabalho e vida pessoal, o líder irá descobrir novos níveis de realização e felicidade, o que irá colaborar para o seu sucesso pessoal, profissional e até espiritual.
Sucesso nos desafios, inspire as mudanças e confie, você está nas mãos de Deus.
Wellington Bega
Psicanalista Clínico Cristão e Consultor Organizacional
Doutorando em Psicanálise e Saúde Mental
Saúde Psicossomatológica, Psiconeurolinguística e Andragogia
Coaching, Mentoring e Personal Counseling